quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

A Lista (Oswaldo Montenegro)

Faça uma lista de grandes amigos
Quem você mais via há dez anos atrás
Quantos você ainda vê todo dia
Quantos você já não encontra mais
Faça uma lista dos sonhos que tinha
Quantos você já desistiu de sonhar!
Quantos amores jurados pra sempre
Quantos você conseguiu preservar
Onde você ainda se reconhece
Na foto passada ou no espelho de agora
Hoje é do jeito que achou que seria?
Quantos amigos você jogou fora
Quantos mistérios que você sondava
Quantos você conseguiu entender
Quantos segredos que você guardava
Hoje são bobos ninguém quer saber
Quantas mentiras você condenava
Quantas você teve que cometer
Quantos defeitos sanados com o tempo
Eram o melhor que havia em você
Quantas canções que você não cantava
Hoje assobia pra sobreviver
Quantas pessoas que você amava
Hoje acredita que amam você

quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

Texto de Alba Granja

Texto Introdutório


Segundo Rubem Alves, o nosso nascimento é algo muito doloroso. O feto está feliz no ventre materno e não quer sair. Alguns até brigam para não sair, são os que nascem laçados.
Mas, ao nascer, vai-se adaptando e gostando tanto da vida na terra que, chegando à idade adulta, sente-se como se estivesse num “grande útero” que é a terra. Chegamos a gostar tanto da vida na terra que não queremos morrer, pois a vida aqui deve ser definitiva.
Só que não é definitiva e vamos ter que sair daqui também; tememos a morte, o desconhecido. Porém, quando chegar a hora de partir, devemos lembrar que “do outro lado” um parteiro nos espera. E este “parto” deverá ser o definitivo e irá iniciar a vida na eternidade com Deus.
Morre apenas esse corpo para que ganhemos um novo corpo glorioso onde, segundo a Bíblia, não haverá mais sofrimento, nem morte.

Alba Granja
Maceió, sábado, 10/06/2006, 16 horas